DOEPE 06/03/2015 -Pág. 18 -Poder Executivo -Diário Oficial do Estado de Pernambuco
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Diário Oficial do Estado de Pernambuco - Poder Executivo
Recife, 6 de março de 2015
Concessionária Rota dos Coqueiros S.A.
CNPJ Nº 08.533.336/0001-21
RELATÓRIO DOS ADMINISTRADORES – 2014
Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, acompanhadas das respectivas notas explicativas. Recife, 06 de fevereiro de 2015. A Administração.
Balanço patrimonial em 31 de dezembro (em milhares de reais)
Ativo
2014
2013
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) .............
2.612
1.508
Contas a receber (Nota 8) .................................
2.300
3.250
Tributos a recuperar ..........................................
117
53
Despesas antecipadas ......................................
58
60
Outros ativos .....................................................
169
195
5.256
5.066
Não circulante
Realizável a longo prazo
Títulos e valores mobiliários (Nota 7) ............
7.728
7.599
Contas a receber (Nota 8) .............................
1.564
2.942
Tributos diferidos (Nota 19) ...........................
3.616
4.641
Outros ativos ..................................................
3
3
12.911
15.185
Imobilizado ........................................................
240
257
Intangível (Nota 9) .............................................
75.806
77.033
88.957
92.475
94.213
97.541
Total do ativo ...................................................
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Fornecedores ......................................................
Empréstimos e financiamentos (Nota 11) ............
Obrigações tributárias .........................................
Obrigações sociais e trabalhistas ........................
Contribuição ao fundo sócio ambiental (Nota 12)
Não circulante
Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos (Nota 11) .........
Partes relacionadas (Nota 10) ..........................
Patrimônio líquido (Nota 14)
Capital social .......................................................
Reserva de capital (Nota 1 (b)) ............................
Reserva de lucros (Nota 14).................................
Total do passivo e patrimônio líquido ..............
2014
2013
1.021
3.995
233
409
574
6.232
908
3.874
490
402
821
6.495
51.443
3.173
54.616
55.383
4.191
59.574
26.150
2.618
4.597
33.365
94.213
26.150
2.618
2.704
31.472
97.541
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração das mutações no patrimônio líquido (em milhares de reais)
Reservas de lucro
Lucros
(prejuízos)
Reserva de Reserva de ininvestimento
centivo fiscal acumulados
Em 1º de janeiro de 2013 ................................
(1.632)
Lucro líquido do exercício..................................
5.056
Destinação do lucro (Nota 14) ...........................
151
2.159
394
(2.704)
(720)
Dividendos propostos (Nota 14 (c)) ...................
Em 31 de dezembro de 2013........................... 26.150
2.618
151
2.159
394
Lucro líquido do exercício..................................
2.450
Reserva de lucro ...............................................
15
Destinação do lucro (Nota 14) ...........................
121
1.719
38
(1.878)
(572)
Dividendos propostos (Nota 14 (iv)) ..................
Em 31 de dezembro de 2014........................... 26.150
2.618
272
3.878
447
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Capital Reserva Reserva
social de capital
legal
26.150
2.618
Total
27.136
5.056
(720)
31.472
2.450
15
(572)
33.365
Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2014
(em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
1 Informações gerais – A Concessionária Rota dos Coqueiros S.A. GRHHPSUpVWLPRVHUHFHEtYHLV$FODVVL¿FDomRGHSHQGHGD¿QDOLGDGH
(“Rota dos Coqueiros” ou “Companhia”) é uma Sociedade de Propó- SDUDDTXDORVDWLYRVHSDVVLYRV¿QDQFHLURVIRUDPDGTXLULGRV(a) AtiVLWR(VSHFt¿FR ³63(´ FRQVWLWXtGDHPGHGH]HPEURGHTXH YRV¿QDQFHLURVDRYDORUMXVWRSRUPHLRGRUHVXOWDGR±Os ativos
tem como objeto social, explorar, mediante concessão patrocinada, ¿QDQFHLURVDRYDORUMXVWRSRUPHLRGRUHVXOWDGRVmRDWLYRV¿QDQFHLURV
precedida de obras, o sistema viário composto pela praça de pedágio PDQWLGRVSDUDQHJRFLDomR8PDWLYR¿QDQFHLURpFODVVL¿FDGRQHVVD
localizada no Município de Jaboatão dos Guararapes (Praça de Pe- FDWHJRULDVHIRLDGTXLULGRSULQFLSDOPHQWHSDUD¿QVGHYHQGDQRFXUWR
dágio Barra de Jangada), pela ponte de acesso sobre o Rio Jaboatão, SUD]R2VDWLYRVGHVVDFDWHJRULDVmRFODVVL¿FDGRVFRPRFLUFXODQWH
que interligará os Municípios de Jaboatão dos Guararapes e do Cabo (b) Empréstimos e recebíveis – Os empréstimos e recebíveis são
de Santo Agostinho, pela via principal do Destino de Turismo e Lazer DWLYRV¿QDQFHLURVQmRGHULYDWLYRVFRPSDJDPHQWRV¿[RVRXGHWHUPLPraia do Paiva (“Via Parque”), que se inicia na referida ponte de aces- náveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentaso e segue até conectar-se com a via municipal Rua Dezessete, do dos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento
Cabo de Santo Agostinho, na Praia de Itapuama; e pela praça de pe- superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são
dágio localizada no Município de Cabo de Santo Agostinho (Praça de FODVVL¿FDGRVFRPRDWLYRVQmRFLUFXODQWHV 2.3.2 Reconhecimento e
Pedágio Itapuama). A Companhia tem por objeto ainda a prestação mensuração – $VFRPSUDVHDVYHQGDVUHJXODUHVGHDWLYRV¿QDQFHLdo serviço público de operação e atividades de apoio necessárias ao ros são normalmente reconhecidas na data de negociação. Os ativos
funcionamento da referida ponte e sistema viário. As obras de execu- ¿QDQFHLURVVmRLQLFLDOPHQWHUHFRQKHFLGRVSHORYDORUMXVWRDFUHVFLção da concessão tiveram início em janeiro de 2008 e foram concluí- GRV GRV FXVWRV GD WUDQVDomR SDUD WRGRV RV DWLYRV ¿QDQFHLURV QmR
das em março de 2010, com início das operações em 11 de junho de FODVVL¿FDGRVFRPRDRYDORUMXVWRSRUPHLRGRUHVXOWDGR2VDWLYRV¿2010. As atividades são realizadas com base em contratos de servi- QDQFHLURVVmREDL[DGRVTXDQGRRVGLUHLWRVGHUHFHEHUÀX[RVGHFDL[D
tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desoRVGHORQJRSUD]RDVVLPFODVVL¿FDGRV(a) Concessões públicas
Objeto do contrato
Prazo Poder Concedente GHTXHD&RPSDQKLDWHQKDWUDQVIHULGRVLJQL¿FDWLYDPHQWHWRGRVRV
Exploração do sistema viário composto
riscos e os benefícios da propriedade. Os empréstimos e recebíveis
pela praça de pedágio de Jaboatão
são contabilizados subsequentemente pelo custo amortizado, usando
dos Guararapes, pela ponte de acesso
RPpWRGRGDWD[DHIHWLYDGHMXURV2VDWLYRV¿QDQFHLURVDRYDORUMXVWR
sobre o Rio Jaboatão, pela via principal
por meio do resultado, são, inicialmente, reconhecidos pelo valor jusda Reserva do Paiva e pela praça de
33
Estado de to e os custos de transação são debitados à demonstração do resulpedágio do Cabo de Santo Agostinho.
anos
Pernambuco tado. &RPSHQVDomRGHLQVWUXPHQWRV¿QDQFHLURV±Ativos e
A Companhia é parte integrante da Organização Odebrecht (“Orga- SDVVLYRV¿QDQFHLURVVmRFRPSHQVDGRVHRYDORUOtTXLGRpUHSRUWDGR
nização”) é controlada diretamente pela Odebrecht Rodovias S.A. no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de
(“ODB Rodovias”), que por sua vez é controlada pela Odebrecht compensar os valores reconhecidos e há intenção de liquidá-los
6$ ³2'%´ $HPLVVmRGHVVDVGHPRQVWUDo}HV¿QDQFHLUDVGD&RP- numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneapanhia foi autorizada pela diretoria em 06 de fevereiro de 2015. (b) mente. 2.3.4 ImpairmentGHDWLYRV¿QDQFHLURVHQmR¿QDQFHLURV
Reestruturação societária – Em 30 de dezembro de 2014, a Ode- – $ &RPSDQKLD DYDOLD QR ¿QDO GH FDGD SHUtRGR GR UHODWyULR VH Ki
brecht TransPort S.A.(“OTP”) transferiu as ações, que corresponde a HYLGrQFLDREMHWLYDGHTXHRDWLYR¿QDQFHLURRXRJUXSRGHDWLYRV¿QDQ74%, mediante integralização de capital social na ODB Rodovias, a FHLURVHVWiGHWHULRUDGR8PDWLYRRXJUXSRGHDWLYRV¿QDQFHLURVHVWi
partir desta data a ODB Rodovias passou a deter 74% de participação deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se
na Companhia. (c) Equalização do capital circulante – Em 31 de KiHYLGrQFLDREMHWLYDGHimpairment como resultado de um ou mais
dezembro de 2014, a Companhia apresentava excesso de passivos eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um
circulantes sobre ativos circulantes, no montante de R$ 976. Para “evento de perda”) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um
equalizar os efeitos do capital circulante líquido negativo, a Compa- LPSDFWRQRVÀX[RVGHFDL[DIXWXURVHVWLPDGRVGRDWLYR¿QDQFHLURRX
nhia utilizará os rendimentos dos títulos e valores mobiliários (Nota JUXSRGHDWLYRV¿QDQFHLURVTXHSRGHVHUHVWLPDGRGHPDQHLUDFRQ¿i7) relacionados com o empréstimo junto ao banco do Nordeste, bem YHO3DUDRVDWLYRVQmR¿QDQFHLURVTXHHVWmRVXMHLWRVjDPRUWL]DomR
FRPRGRÀX[RGHFDL[DGDVRSHUDo}HV1RGHFRUUHUGHHVVHV é feita uma revisão periódica pela administração sempre que eventos
UHFXUVRVVHUmRVX¿FLHQWHVSDUDHTXDOL]DURFDSLWDOFLUFXODQWHOtTXLGR ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode
2 Resumo das principais políticas contábeis – As principais políti- não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo
FDVFRQWiEHLVDSOLFDGDVQDSUHSDUDomRGHVWDVGHPRQVWUDo}HV¿QDQ- valor ao qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável.
FHLUDVHVWmRGH¿QLGDVDEDL[R(VVDVSROtWLFDVYrPVHQGRDSOLFDGDV Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos
de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo RVFXVWRVGHYHQGDHRVHXYDORUHPXVR3DUDRVH[HUFtFLRV¿QGRV
GLVSRVLomRHPFRQWUiULR$VGHPRQVWUDo}HV¿QDQFHLUDVIRUDPSUHSD- em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 não foram registradas perdas
radas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os de impairment,WDQWRSDUDDWLYRV¿QDQFHLURVTXDQWRSDUDRVQmR¿SURQXQFLDPHQWRVHPLWLGRVSHOR&RPLWrGH3URQXQFLDPHQWRV&RQWi- nanceiros. 2.4 Contas a receber – As contas a receber são registrabeis (CPC). 2.1 Base de preparação – $VGHPRQVWUDo}HV¿QDQFHL- das pelos respectivos valores faturados e estão representadas subsras foram preparadas conforme, considerando o custo histórico com tancialmente por recebíveis de pedágio eletrônico e vale pedágio,
EDVH GH YDORU H DWLYRV H SDVVLYRV ¿QDQFHLURV PHQVXUDGRV D YDORU com prazo de recebimento inferior a 45 dias. Caso seja julgado neMXVWR$ SUHSDUDomR GH GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV UHTXHU R XVR GH cessário, é constituída provisão para perdas de créditos de difícil reacertas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julga- lização. 2.5 Demais ativos circulantes – Os demais ativos são apremento por parte da administração da Companhia no processo de sentados pelo valor de custo ou realização, incluindo, quando aplicáaplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior vel, os rendimentos e as variações monetárias auferidas até a data do
nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as balanço. Quando necessária, é constituída provisão para redução
iUHDV QDV TXDLV SUHPLVVDV H HVWLPDWLYDV VmR VLJQL¿FDWLYDV SDUD DV aos seus valores de recuperação. 2.6 Imobilizado – Compreende
GHPRQVWUDo}HV¿QDQFHLUDVHVWmRGLYXOJDGDVQD1RWD(a) Mudan- máquinas e equipamentos de informática e móveis e utensílios, não
ças nas políticas contábeis e divulgações – OCPC 07 – “Eviden- reversíveis ao poder público. Os itens do imobilizado são demonstraFLDomRQD'LYXOJDomRGRV5HODWyULRV&RQWiELO¿QDQFHLURVGH3URSyVL- dos ao custo histórico de aquisição menos o valor da depreciação e
to Geral” trata dos aspectos quantitativos e qualitativos das divulga- de qualquer perda não recuperável acumulada. O custo histórico ino}HV HP QRWDV H[SOLFDWLYDV UHIRUoDQGR DV H[LJrQFLDV Mi H[LVWHQWHV clui os gastos diretamente atribuíveis necessários para preparar o
nas normas contábeis e ressaltando que somente as informações ativo para o uso pretendido pela administração. Os valores residuais,
UHOHYDQWHV SDUD RV XVXiULRV GDV GHPRQVWUDo}HV ¿QDQFHLUDV GHYHP a vida útil e os métodos de depreciação dos ativos são revisados e
ser divulgadas. 2.2 Caixa e equivalentes de caixa – Caixa e equiva- ajustados, se necessário, quando existir uma indicação de mudança
lentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros in- VLJQL¿FDWLYDGHVGHD~OWLPDGDWDGHEDODQoR2.7 Ativos intangíveis
vestimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos origi- decorrentes do contrato de concessão – Os ativos intangíveis
QDLV GH DWp WUrV PHVHV H FRP ULVFR LQVLJQL¿FDQWH GH PXGDQoD GH FRQVWLWXtGRVHPGHFRUUrQFLDGRFRQWUDWRGHFRQFHVVmRVmRUHJLVWUDvalor. $WLYRV ¿QDQFHLURV &ODVVL¿FDomR ± A Companhia GRVHPDWHQGLPHQWRj,QWHUSUHWDomR7pFQLFD,&3&GR&RPLWrGH
FODVVL¿FDVHXVDWLYRV¿QDQFHLURVQRUHFRQKHFLPHQWRLQLFLDOVREDV Pronunciamentos Contábeis (ICPC 01) e à Orientação OCPC 05 desseguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resulta- VHPHVPR&RPLWr 2&3& 2DWLYRLQWDQJtYHOpGHWHUPLQDGRSHOD
Demonstrações do resultado – Exercícios findos em 31 de
dezembro
(em milhares de reais, exceto valores por quota de capital social)
2014 2013
Operações continuadas
Receitas (Nota 15)..................................................... 21.187 23.909
Custos (Nota 16) ....................................................... (7.854) (7.149)
Lucro bruto .............................................................. 13.333 16.760
Despesas operacionais
Gerais e administrativas (Nota 17) ............................ (5.808) (4.776)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas....
(3)
224
Lucro operacional antes do resultado financeiro 7.522 12.208
Resultado financeiro, líquido (Nota 18) ..................... (3.831) (4.853)
Lucro antes do imposto de renda e contribuição
social ........................................................................ 3.691 7.355
Imposto de renda e contribuição social corrente e
diferido (Nota 19 (a) e (b)) ......................................... (1.241) (2.299)
Lucro líquido do exercício ...................................... 2.450 5.056
Lucro por lote de mil ações do capital social ....... 0,09
0,19
Não houve outros elementos componentes de resultados abrangentes
além do lucro líquido dos exercícios apresentados, razão pela qual a
demonstração do resultado e do resultado abrangente apresentam
os mesmos valores
As notas explicativas da Administração
são parte integrante das demonstrações financeiras.
receita estimada de formação da infraestrutura necessária para prestação dos serviços de concessão pública. Essa receita é estimada
considerando os investimentos efetuados pela Companhia na aquisição, melhoria e formação da infraestrutura e a respectiva margem de
lucro, determinada com base nos correspondentes custos de envolvimento da concessionária na formação do seu ativo intangível. A
amortização dos ativos intangíveis oriundos dos direitos de concessão é reconhecida no resultado através de projeção de curva de tráfego estimada para o período de concessão a partir da data em que
estes estão disponíveis para uso, já que esse método é o que mais
UHÀHWHRSDGUmRGHFRQVXPRGHEHQHItFLRVHFRQ{PLFRVIXWXURVLQFRUporados no ativo. 2.8 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido – Imposto de renda e contribuição social do período
compreendem o imposto corrente e diferido. Os impostos sobre a
renda são reconhecidos na demonstração do resultado. O imposto de
renda e a contribuição social diferido são calculados sobre as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrao}HV¿QDQFHLUDV$VDOtTXRWDVGHVVHVWULEXWRVGH¿QLGDVDWXDOPHQWH
para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social. Impostos diferidos
ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em
cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
Impostos diferidos passivos são integralmente reconhecidos. O imposto de renda e contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes
a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos
excedem o total devido na data do relatório. Em 22 de junho de 2012,
conforme Ato Declaratório nº 113, a Companhia foi habilitada a operar
de 1° de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2021 no regime de
redução de 75% do IRPJ, inclusive adicionais não restituíveis, calculados com base no lucro da exploração. No dia 13 de maio de 2014
foi publicada a Lei 12.973 que revoga o Regime Tributário de TransiomR 577 HWUD]RXWUDVSURYLGrQFLDVFRPYLJrQFLDDSDUWLUGH
ou com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014, desde que seja feita
uma opção pelo contribuinte. A sua adoção antecipada para 2014 elimina os efeitos do RTT, trazendo novas regras de apuração de tributos. A Companhia não optou antecipadamente pela adoção do RTT
de acordo com a Lei 12.973, não tendo impacto neste exercício sobre
a apuração. 2.9 Fornecedores – As contas a pagar aos fornecedores
são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de
IRUQHFHGRUHV QR FXUVR QRUPDO GRV QHJyFLRV VHQGR FODVVL¿FDGDV
como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de
até um ano. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e,
subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do
método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente. (PSUpVWLPRVH¿nanciamentos – 2V HPSUpVWLPRV H ¿QDQFLDPHQWRV VmR UHFRQKHFLdos inicialmente pelo valor justo, líquidos dos custos de transação e
são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do
resultado durante o período em que os empréstimos estejam em
aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros. Os empréstimos
VmRFODVVL¿FDGRVFRPRSDVVLYRFLUFXODQWHDPHQRVTXHD&RPSDQKLD
tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por,
pelo menos, 12 meses após a data do balanço. 2.11 Demais passivos circulantes – São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas até a data do balanço. Quando
requerido, os elementos do passivo decorrentes das operações de
longo prazo são ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando há efeito relevante. 2.12 Reconhecimento de receita –
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a
receber pela prestação de serviços no curso normal das atividades da
Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, dos abatimentos e dos descontos. A Companhia reconhece a receita quando o
valor da receita pode ser mensurado com segurança, é provável que
EHQHItFLRVHFRQ{PLFRVIXWXURVÀXLUmRSDUDDHQWLGDGHHTXDQGRFULWpULRVHVSHFt¿FRVWLYHUHPVLGRDWHQGLGRVSDUDDVDWLYLGDGHVGD&RPSDnhia, conforme descrição a seguir. A Companhia baseia suas estimaWLYDV OHYDQGR HP FRQVLGHUDomR DV HVSHFL¿FDo}HV GD SUHVWDomR GH
serviço. (a) Receita de serviços – A Companhia tem sua receita baseada na exploração de praças de pedágios, oriundas da concessão
¿UPDGDHP3DUFHULD3~EOLFR3ULYDGD 333 FRPR*RYHUQRGH3HUnambuco. A receita de serviços compreende o valor presente pela
prestação dos serviços e é reconhecida a medida que o serviço é
prestado (Nota 15 (ii)), ou seja, quando do pagamento feito para ter
acesso a rota operada pela Companhia. (b) Receita de contratos de
construção – A receita proveniente dos contratos de prestação de
serviços de construção é reconhecida de acordo com o CPC 17 –
Contratos de Construção, segundo o método de custo acrescido de
margem. Os custos dos contratos são reconhecidos na demonstração do resultado, como custo dos serviços prestados, quando incorridos. Todos os custos diretamente atribuíveis aos contratos são consi-
'HPRQVWUDomRGRVÀX[RVGHFDL[D
([HUFtFLRV¿QGRVHPGHGH]HPEUR(em milhares de reais)
2014 2013
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro líquido do exercício antes do imposto de
renda e da contribuição social .................................. 3.691 7.355
Ajustes
Margem de construção .........................................
6
(3)
Atualização do ativo financeiro .............................
(252) (355)
Juros e variações monetárias ............................... 4.504 5.456
Depreciação e amortização .................................. 1.906 1.644
18
177
Perda/ganho na venda de ativo permanente ........
9.873 14.274
Variação dos ativos e passivos
Contas a receber .................................................. 2.580 2.896
Despesas antecipadas ..........................................
2
6
Impostos a recuperar ............................................
(64)
40
Outros ativos .........................................................
26
(5)
Contribuição ao fundo sócio ambiental .................
(247) (621)
Fornecedores ........................................................
113
12
Obrigações tributária, sociais e trabalhistas .........
(298) (770)
(22)
Outras contas a pagar ..........................................
Caixa líquido proveniente nas operações ................. 11.985 15.810
Juros pagos .......................................................... (6.056) (5.826)
Imposto pago ........................................................ (195) (846)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais ...................................................................... 5.734 9.138
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Titulos e valores mobiliários .....................................
(129) (105)
Adições ao imobilizado .............................................
(82)
(79)
Adições ao intangível ............................................... (603) (306)
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos ...................................................................... (814) (490)
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos
Empréstimos (amortização de principal) ................... (3.815) (3.806)
(1) (5.139)
Partes relacionadas ..................................................
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos ................................................................ (3.816) (8.945)
Redução de caixa e equivalentes de caixa ........... 1.104
(297)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.508 1.805
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 2.612 1.508
As notas explicativas da Administração
são parte integrante das demonstrações financeiras.
derados para mensuração da receita, que segue o método de custo
acrescido da margem. A receita é reconhecida pela margem de
1,00% sobre os custos incorridos no período, apurada pela combinação dos custos de supervisão, risco do negócio e gerenciamento dos
subcontratados.
31 de dezembro
Receita de Custo de
Margem
Receita
construconstru- de consdo ativo
ção
ção
trução financeiro
Direito da
Concessionária 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013
Ativo Intangível ..... 597 304 (591) (301)
6
3
Ativo financeiro (*)
252 355
597 304 (591) (301)
6
3 252 355
(*) Refere-se à atualização do contas a receber com o governo do estado de Pernambuco calculado com base no IPCA, conforme previsto
no contrato de concessão para a receita da Contraprestação Adicional
j7DULID &$7 UHFHELGDPHQVDOPHQWHGR&RPLWrGR3URJUDPD(VWDdual de Parceria Publico Privada (CGPE).
3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos – Na elaboração
GDVGHPRQVWUDo}HV¿QDQFHLUDVpQHFHVViULRXWLOL]DUHVWLPDWLYDVSDUD
contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonsWUDo}HV¿QDQFHLUDVGD&RPSDQKLDLQFOXHPSRUWDQWRHVWLPDWLYDVUHferentes à seleção de vidas úteis do ativo imobilizado, apropriação de
receita de serviços prestados, provisões necessárias para passivos
contingentes, determinação da provisão para imposto de renda e ouWURVVLPLODUHVTXHQmRREVWDQWHUHÀHWLUHPDPHOKRUSUHFLVmRSRVVtvel, podem apresentar variações em relação aos resultados reais. (a)
Determinação da amortização dos ativos intangíveis – A Companhia reconhece o efeito de amortização dos ativos intangíveis decorrentes dos contratos de concessão através da projeção de curva de
WUiIHJROLPLWDGRDRSUD]R¿QDOGDUHVSHFWLYDFRQFHVVmR$DGPLQLVWUDomRUHFRQKHFHTXHHVVDHVWLPDWLYDpDTXHPHOKRUUHÀHWHRSDGUmR
de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo,
sendo essa estimativa também utilizada pelas principais companhias
do segmento. Assim, a taxa de amortização é determinada através
GHHVWXGRVHFRQ{PLFRVTXHEXVFDPUHÀHWLURFUHVFLPHQWRSURMHWDGR
de tráfego das rodovias e geração dos benefícios econômicos futuros
oriundos do contrato de concessão. (b) Margem de construção – Na
apuração do valor justo da receita de contratos de construção a Companhia utilizou o custo total incorrido, mais margem de lucro estimada
SHODDGPLQLVWUDomR$PDUJHPGHFRQVWUXomRIRLGH¿QLGDFRQVLGHUDQdo a divisão entre os custos de monitoramento e gestão despendidos
pela companhia e o total de investimentos previstos, conforme fundamentado por avaliação da área de engenharia da Concessionária.
*HVWmRGHULVFR¿QDQFHLUR D &RQVLGHUDo}HVJHUDLV±A Companhia restringe sua exposição a riscos de créditos associados a
DSOLFDo}HV¿QDQFHLUDVHIHWXDQGRVHXVLQYHVWLPHQWRVHPLQVWLWXLo}HV
¿QDQFHLUDVGHSULPHLUDOLQKDHFRPUHPXQHUDomRHPWtWXORVGHFXUWR
SUD]R2VSULQFLSDLVLQVWUXPHQWRV¿QDQFHLURVPDQWLGRVSHOD&RPSDQKLDVmRDVDSOLFDo}HV¿QDQFHLUDVFRQWDVDUHFHEHUIRUQHFHGRUHV
¿QDQFLDPHQWRV H VDOGRV FRP DFLRQLVWDV (b) Gerenciamentos de
riscos – A Companhia está exposta a riscos de liquidez em virtude
GDSRVVLELOLGDGHGHQmRWHUFDL[DVX¿FLHQWHSDUDDWHQGHUVXDVQHFHVsidades operacionais e ao risco de crédito decorrente da possibilidade de inadimplemento de suas contrapartes em contas a receber. (i)
Risco de Liquidez – $ SUHYLVmR GH ÀX[R GH FDL[D p UHDOL]DGD SHOD
&RPSDQKLDVHQGRVXDSURMHomRPRQLWRUDGDFRQWLQXDPHQWHD¿PGH
JDUDQWLUHDVVHJXUDUDVH[LJrQFLDVGHOLTXLGH]RVOLPLWHVRXFOiXVXODV
GRVFRQWUDWRVGHHPSUpVWLPRHFDL[DVX¿FLHQWHSDUDDWHQGLPHQWRjV
necessidades operacionais do negócio. O excesso de caixa gerado
SHOD&RPSDQKLDpLQYHVWLGRHPFRQWDVFRUUHQWHVFRPLQFLGrQFLDGH
juros, depósitos a prazo e depósitos de curto prazo, escolhendo insWUXPHQWRV FRP YHQFLPHQWRV DSURSULDGRV RX OLTXLGH] VX¿FLHQWH SDUD
fornecer margem, conforme determinado pelas previsões acima mencionadas. (ii) Exposição a riscos de crédito – As operações que
sujeitam a Companhia à concentração de risco de crédito residem,
principalmente, nas contas correntes bancárias, onde a Companhia
¿FDH[SRVWDDRULVFRGDLQVWLWXLomR¿QDQFHLUDHQYROYLGD9LVDQGRJHrenciar este risco, a Companhia mantém contas correntes bancárias
FRP LQVWLWXLo}HV ¿QDQFHLUDV FRQVLGHUDGDV SHOD$GPLQLVWUDomR FRPR